quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A dinamicidade da Vida Religiosa

O religioso é aquele que, passando de lugar em lugar, vivendo na pobreza, relembra o valor das “coisas do alto”, prenuncia o Reino de Deus, anima, encoraja, repreende, denuncia e, livre de todos e de tudo, continua o seu caminho.

[Do livro: Religiosos: nômades de Deus, de Patrício Sciadini, OCD]

A vocação à Vida Religiosa é verdadeiramente a loucura que Deus escolheu para confundir o mundo. Dentro desta dinâmica que permeia o coração do homem fazendo-o sentir ao longo da vida a força e a alegria dos beijos de Deus, está o desafio de deixar tudo e vim, e ir, sem nada. É este “estar sem nada” que faz o vocacionado de Deus se alegrar entre a beleza da Vida Nômade e a providência que não nos faltará nada, como não falta para os pássaros do céu, "porque aos seus amados, Deus derrama graças, até mesmo enquanto dormem." (Cf. Sl 126, 2)

Neste ensejo, a comunidade dos Frades da Sagrada Face que fazem morada em Cajazeiras-PB se despede e envia para a comunidade de Fortaleza-CE os dois noviços André Vinícius e Dannilo Luiz, que tendo recebido a graça do noviciado, tempo em que viverão de fato a Vida Religiosa, permanecerão “escondidos”. Escondidos, porque é o Senhor mesmo quem os envolverá com este rico tempo de espiritualidade e maturidade religiosa, no carisma que herdamos da nossa Inspiradora, a Beata Pia Mastena.

E como a vivência da Fraternidade é itinerante e dinâmica, a mesma Comunidade acolheu também os novos moradores. O postulante João Kleber que residia em Fortaleza-CE, agora dará continuidade a sua formação em Cajazeiras-PB, como também o jovem Diego Trigueiro da Cidade de Pombal-PB dará início ao seu caminho formativo. Os mesmos foram acolhidos em comunidade no dia 18 de janeiro quando para recebê-los foi realizado um pequeno momento de fraternidade e troca de mensagens para animá-los e encorajá-los a pôr-se em marcha no caminho chamado por Deus.
Dentro da tradição da Congregação da Sagrada Face, a Madre Fundadora - Madre Mastena -, quando acolhia uma aspirante, convidava-a para subir numa cadeira e cantar uma música vocacional, que marcasse o seu caminho. Então, para manter viva  a tradição, fizemos também com Diego, e embora emocionado e envergonhado, cantemos juntos com ele a canção do Padre Zezinho – A Barca.

“Senhor, Tu me olhastes nos olhos, a sorrir pronunciastes meu nome, lá na praia eu larguei o meu barco, junto a Ti buscarei outro mar”






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