segunda-feira, 9 de maio de 2016

Madre Mastena e a Ascensão de Jesus

Passaram-se pouco mais de quarenta dias em que o nosso amado esposo enfrentou as duras penas da morte numa cruz, morreu por nossos pecados. Mas não somente isso, sua ressurreição também foi por nós, e não bastando-se a si mesmo, Ele não nos deixou órfãos, mas fez cumprir todas as promessas do Pai.
Não será bom para nós pensarmos somente em suas dores, mas no amor com que o moveu durante toda sua permanência entre nós. Sim, o amor lhe deu verdadeiramente as dores da morte, mas foi a morte que lhes rendeu as doçuras do amor. Esse amor também encheu os corações dos seus, mesmo daqueles que não estavam presentes na hora de seu algoze. No fundo eles sabiam que o amor não morreria, e de fato, o amor não morre, ele apenas espera. A espera do terceiro dia foi um amor antecipado. Como de uma borboleta que espera no casulo o momento do seu voo, mas não deixa de amar enquanto é casulo. Ele, nosso mestre, nunca lhe faltou amor. Nunca, nunca! Ele jamais mudou! Ele, sim, amou-nos desde sempre. Amou-nos tanto.
Tudo que lhe aconteceu foi também refletido em minha alma. Eu estava lá. Parecia-me tão claro como se somente eu pudesse sentir as suas fatigas, que eram cheias do verdadeiro amor. Ele numa cruz como cordeiro imolado, sacrificado, e eu, como um passarinho pousado num galhinho de uma árvore... cantando o puro amor.
Sofri e sofro muito: inclusive chorei nesses dias, mas Jesus me olhou e de seus olhos divinos, derramaram-se lágrimas de sangue. Eu o quereria todo para mim.
Foi aos apóstolos que Jesus, com numerosas provas, se mostrou vivo depois da sua paixão. Depois de ter compenetrado em suas dores, ouvi no meu intimo sua voz que dizia: sofrer por uma obra boa, depois de ter praticado atos de caridade é um prêmio. Confesso que fiquei ali mesma, perada contemplando suas dores e olhando para dentro de mim.  Ele me levou, com o seu olhar, a passar em sua vida. Tanto bem Ele fez, tantas vidas Ele fez nascer. Não poderei ficar parada, atônita, soube que no dia de seu encontro com o Pai, os apóstolos ficaram a olhar para o céu, enquanto Ele ia desaparecendo à vista deles. De certo, os mesmos anjos que lhes acordaram também me inspiraram tal desejo: tornar conhecida e amada a sua Face no mundo inteiro.
Somos testemunhas de tudo isso, do seu amor, da sua caridade divina que renova a face da Terra. Sim, Jesus, sua caridade penetra em toda parte. Queremos ser testemunhas em toda a parte, Ele mesmo nos prometeu o consolador, mas nos quer fortes, destemidos... Nada de fraquezas, reservas, comodidades, satisfações ou ideias próprias, mas sim, irmãos fortes, generosos, amantes do sacrifício. Jesus não sabe o que fazer com aqueles irmãos que fogem di horto das Oliveiras, que temem a flagelação, os espinhos, a Cruz, o martírio e a morte. Não, não sabe o que fazer.
Jesus subiu para o céu e lançou sobre os apóstolos a sua bênção, mas não só a eles, também a mim. Ele me deixou os sinais que o acompanharam durante sua permanência entre nós, para que partilhando com vocês possamos juntos cumprir o seu mandato de Propagar, Reparar e Restabelecer o seu doce rosto nos irmãos. Foi Ele mesmo que disse: Pela minha santa Face será salvo o mundo. O triunfo de Jesus está a nos esperar... Coragem! Rezemos!
Talvez tenhamos que fazer grandes sacrifícios: Jesus estará conosco para nos dar forças. Mandei uma caixinha e grande quantidade de coisas “sua herança”. Estou sempre próxima de vós com o pensamento, com o coração e a oração.
Aproxime-se Irmão... Apanhas dentro da caixinha este tesouro reservado à você.
Sim, eu te acompanharei a todo o momento com as minhas pobres orações, com o oferecimento a Jesus de tudo quanto a minha nulidade poderá dispor, com o constante desejo de que Deus te faça santo. Sim, te faça santo: na nova condição de vida, com aquilo que recebestes de herança do nosso tão amantíssimo Jesus, te conceda meios de ser apóstolo secreto que penetrando suavemente nas almas e nos corações de quem se aproxima de ti.
Coragem, e sempre para frente.
Recorramos sempre à nossa Mãe celeste: Nada negar a Maria e assim ele não negará nada a nós.
Vossa afetuosíssima Mãe,
Madre Maria Pia Mastena

Ascensão do Senhor: Religiosos recebem "testamento espiritual" da Bem-Aveturada Mastena

 A Bem-Aventurada Mastena era mulher de muita intimidade com Jesus, de vida interior e doada aos mais pequenos. Como Religiosa foi sempre atenta aos apelos de Jesus de tornar conhecida e amada em toda a Terra o belo Rosto de Jesus, propagando, reparando e restabelecendo quando o mesmo se encontrar desfigurado no rosto dos irmãos e irmãs.

Dotada de dons e carismas espirituais, imbuída dos sentimentos que Jesus deixou transparecer em sua permanência na Terra, a Bem-Aventurada recebe do próprio Cristo sua herança, antes de subir para o Pai. Tal gesto é repedido todos os anos na Festa da Ascensão do Senhor, pelas Irmãs, Irmãos e leigos da Família Religiosa, cada um recebe uma herança desse rico "testamento espiritual" que servirá como virtude para rezar e viver durante o ano.

No último domingo, 08 de maio, reunidos para receber o testamento espiritual, os Religiosos puderam fazer uma leitura (literária) de como seria a própria Mastena ditando aos Irmãos a graça de ter presenciado o momento em que Jesus subia para o Pai. 

OBS.(texto na próxima postagem: Madre Mastena e a Ascensão de Jesus)







Festa da Sagrada Face

Abril é o "belo mês da Sagrada Face", já dizia com muita alegria a nossa Bem-Aventurada Madre Mastena ao iniciar o mês dedicado à Sagrada Face de Jesus. Na Congregação por ela fundada manteve-se uma tradição de se celebrar na última sexta-feira do mês de abril, logo depois da páscoa. Celebramos desse modo a Solenidade do Rosto Glorioso de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma data litúrgica aprovada e autorizada pela Santa Sé à Família Religiosa. A liturgia faz menção à Transfiguração de Jesus no Monte Tabor, momento em que Jesus se revelou a alguns dos apóstolos, uma antecipação de sua Páscoa.

Este ano, juntamente com toda a Igreja que vive as graças do Ano Santo da Misericórdia, o tema celebrado foi justamente a Misericórdia do Pai que se deixa revelar pelo Rosto do seu Filho Jesus Cristo.

Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré. O Pai, « rico em misericórdia » (Ef 2, 4), depois de ter revelado o seu nome a Moisés como « Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade » (Ex 34, 6), não cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da história, a sua natureza divina. Na « plenitude do tempo » (Gl 4, 4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14, 9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa,[1]Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus. (Misericordiae Vultus)

Na quinta-feira, 28, na Capela de São Francisco (Vila Iracema - Fortaleza/CE) aconteceu a Vigília em preparação à Festa que no dia seguinte, 29, foi celebrada solenemente às 19h na mesma capela.Estavam presentes as Irmãs, Irmãos, Amigos e Jovens Amigos da Sagrada Face que na oportunidade renovaram os seus compromissos como membros leigos da Família Religiosa.

Em Cajazeiras/PB também foi celebrada na mesma data, no CEMPROHUSO, edifício onde reside os Religiosos da Sagrada Face naquela Diocese sertaneja.