A
Palavra de Deus narra, tanto no Primeiro Testamento quanto no Segundo Testamento, muitos encontros do povo com a misericórdia do Senhor, mas hoje quero recordar um encontro que acontece no “novíssimo
testamento” da nossa história e que é escrito nas páginas da nossa vida. Este não deve ser outra coisa senão, uma Bíblia viva, um Evangelho vivo para os
nossos tempos. Refiro-me ao encontro com o amor misericordioso do Pai, que se
dá no Sacramento da Reconciliação (ou
Confissão). Por meio deste, fazemos aquela mesma experiência do filho pródigo
que, tateando retorna à casa do seu pai depois de ter gastado todos os bens de
forma supérflua e descomprometida. Ao retornar, mesmo sentindo-se indigno de fazê-lo,
o que encontra são os braços abertos do pai, que nada questiona, mas que muito
ama. O Sacramento da Reconciliação favorece a nós, filhos pródigos do “novíssimo
testamento” um encontro com o Pai das Misericórdias, misteriosamente
representado na pessoa do sacerdote (in persona Christi), que de braços abertos
nos acolhe, ouve nossas misérias e perdoa-nos pelo poder que lhe a Igreja lhe confiou. Assim, encontramos na fórmula da absolvição: “Deus, Pai de misericórdia, que,
pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o
Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da
Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo”.
Que
alegria para nós, cristãos católicos, contarmos na nossa caminhada de fé, com
este sinal visível e eficaz do amor de Deus, que produz em nós tantos frutos.
Não tenhamos medo de retornar, o Pai nos espera de braços abertos, não com um
chicote na mão, a única arma que ele porta é o amor. Corramos ao seu encontro,
lancemo-nos nos seus braços e de seus lábios escutemos: “Tanto tempo esperei, tuas lágrimas chorei, não importa esta lama, hoje
encontrei... Dia a dia, hora a hora ansiava teu retorno, a luz que brilha na
janela era pra ti”.
Dannilo
Luiz
Noviço dos R. da Sagrada Face
Fortaleza-CE
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