quinta-feira, 9 de abril de 2015

Um irmão e a missão...

Há aproximadamente um ano, a Comunidade dos Religiosos da Sagrada Face presente em Cajazeiras-PB conta com a presença do Irmão Marcolino Alves. Ele, natural do Rio Grande do Norte, teve como cidade de origem a Serra de Martins, mas mudou-se posteriormente para Viçosa. Teve sua formação acadêmica e religiosa em Fortaleza-CE, na comunidade do noviciado, lugar onde fez seus Votos Simples de Castidade, Pobreza e Obediência, segundo as Constituições dos Religiosos da Sagrada Face e foi enviado para compor a Comunidade paraibana.

Chegou à terra do Sertanejo Padre Rolim a 26 de abril de 2014 (Festa da Sagrada Face) e por aqui começou a fazer sua missão de irmão, de filho de Madre Mastena. Com jeito simples e olhar sereno, o religioso foi abrindo seu espaço neste chão seco e árido, mas ao mesmo tempo, um terreno fértil de missão.

Seus Votos foram pronunciados na Festa do Patrono Universal da Igreja, São José, a 19 de março de 2014, na Capela de São Francisco de Assis em Fortaleza-CE. “São José foi aquele homem justo, de fé em Deus e que deu o seu sim. Sim aos projetos de Deus”, disse o Irmão.

Tendo passado o primeiro ano e tendo já renovado seus votos diante da Igreja, do povo e da Congregação, o Irmão Marcolino expressou os seus sentimentos como Religioso da Sagrada Face: “Há um ano, nesta grande Festa eu também dava o meu sim ao chamado de Deus, ‘Fala Senhor que teu servo escuta’, para mim é uma raça de Deus está respondendo ao seu chamado, dizer sim ao seu projeto e de estar nesta Família Religiosa da Sagrada Face”.

A vida de um religioso é um total “deixar-se moldar” pelas mãos do Senhor que convida a cada dia a responder novamente com a mesma intensidade o sim outrora pronunciado: “Sinto-me feliz neste primeiro ano como religioso, pude neste tempo fortificar minha vocação, vivenciando as diferentes realidades existentes em nosso meio, contemplando tantos rostos desfigurados”, expressou o Irmão.

A missão é itinerante e contínua, vivenciada passo-a-passo como um nômade que não tem lugar fixo e tempo determinado, mas aonde o Senhor chamar. 

“Sou grato a Deus pelo primeiro ano. Sei que não fiz tudo, pois a Messe do Senhor é grande”, disse o religioso pedindo ao Senhor que envie mais santas vocações religiosas e sacerdotais para o trabalho na Messe do Senhor.

A Missão

O Irmão Marcolino quando chegou à Comunidade desempenhou por alguns meses o trabalho de Secretário de uma Paróquia, lá ele pode experimentar um pouco do contato com as pessoas de diferentes realidades e a própria vivência pastoral daquela Paróquia Mariana. Contudo, sua missão foi concluída e estando mais disponível na Comunidade e para outras missões, teve a oportunidade de participar de uma semana de peregrinação com a Imagem de Nossa Senhora da Piedade (padroeira diocesana), que percorre todas as paróquias neste ano de Centenário Diocesano.

Sua participação se deu na Paróquia de São José na Cidade de Curral Velho-PB durante a última semana de fevereiro e início de março deste ano.

“Fazer missão em diferentes lugares é sempre uma experiência nova, é encontrar realidades diferentes, é encontrar obstáculos e conseguir superá-los com fé em Deus e saber que há pessoas à sua espera”.

Para ele, a missão foi de grande significado, experiência nunca antes vivida: “... foi sair da minha zona de conforto e partir como peregrino, como Maria, quando saiu de sua casa ao encontro de sua prima Izabel”.

O sentimento foi de imitar Maria quando percorreu as montanhas, “... era como se eu estivesse fazendo o mesmo caminho feito por Maria, pelas montanhas, por estradas tortuosas, de difícil acesso, o calor, o sol quente do nosso sertão paraibano”.

A missão tem sua alegria, mas tem os seus espinhos e assim vão se encontrando forças para a perseverança, entre esperanças e sombras. O Irmão Marcolino assim vivenciou: “Era Maria que nos encorajava, que confortava as tantas mães sofredoras e tantos homens e crianças que se emocionavam à chegada da Imagem em suas comunidades”, disse ele.

“Era emocionante contemplar nos rostos, as lágrimas de sofrimento que se misturavam de alegria, também quando recebiam os missionários e partilhavam aquilo que tinham de melhor”, completou.

O Irmão Marcolino é grato a Deus pelo ano vivenciado como consagrado religioso e diz que se sente a caminho como Maria fez ao partir em missão. Para ele foi gratificante este período vivenciado com o povo de Deus e agradeceu ao Padre Damião pela oportunidade, aos missionários que atuaram juntos, a Irmã Elieuda, o seminarista Rodolfo e missionário local, Sebastião.

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