Há
aproximadamente um ano, a Comunidade dos Religiosos da Sagrada Face presente em
Cajazeiras-PB conta com a presença do Irmão Marcolino Alves. Ele, natural do
Rio Grande do Norte, teve como cidade de origem a Serra de Martins, mas
mudou-se posteriormente para Viçosa. Teve sua formação acadêmica e religiosa em
Fortaleza-CE, na comunidade do noviciado, lugar onde fez seus Votos Simples de
Castidade, Pobreza e Obediência, segundo as Constituições dos Religiosos da
Sagrada Face e foi enviado para compor a Comunidade paraibana.
Chegou
à terra do Sertanejo Padre Rolim a 26 de abril de 2014 (Festa da Sagrada Face)
e por aqui começou a fazer sua missão de irmão, de filho de Madre Mastena. Com
jeito simples e olhar sereno, o religioso foi abrindo seu espaço neste chão
seco e árido, mas ao mesmo tempo, um terreno fértil de missão.
Seus
Votos foram pronunciados na Festa do Patrono Universal da Igreja, São José, a
19 de março de 2014, na Capela de São Francisco de Assis em Fortaleza-CE. “São José foi aquele homem justo, de fé
em Deus e que deu o seu sim. Sim aos projetos de Deus”, disse o Irmão.
Tendo
passado o primeiro ano e tendo já renovado seus votos diante da Igreja, do povo
e da Congregação, o Irmão Marcolino expressou os seus sentimentos como
Religioso da Sagrada Face: “Há um ano,
nesta grande Festa eu também dava o meu sim ao chamado de Deus, ‘Fala Senhor
que teu servo escuta’, para mim é uma raça de Deus está respondendo ao seu
chamado, dizer sim ao seu projeto e de estar nesta Família Religiosa da Sagrada
Face”.
A
vida de um religioso é um total “deixar-se moldar” pelas mãos do Senhor que
convida a cada dia a responder novamente com a mesma intensidade o sim outrora
pronunciado: “Sinto-me feliz neste primeiro
ano como religioso, pude neste tempo fortificar minha vocação, vivenciando as
diferentes realidades existentes em nosso meio, contemplando tantos rostos
desfigurados”, expressou o Irmão.
A
missão é itinerante e contínua, vivenciada passo-a-passo como um nômade que não
tem lugar fixo e tempo determinado, mas aonde o Senhor chamar.
“Sou grato a Deus pelo primeiro ano. Sei
que não fiz tudo, pois a Messe do Senhor é grande”, disse o religioso pedindo ao Senhor que envie mais
santas vocações religiosas e sacerdotais para o trabalho na Messe do Senhor.
A Missão
O
Irmão Marcolino quando chegou à Comunidade desempenhou por alguns meses o
trabalho de Secretário de uma Paróquia, lá ele pode experimentar um pouco do
contato com as pessoas de diferentes realidades e a própria vivência pastoral
daquela Paróquia Mariana. Contudo, sua missão foi concluída e estando mais
disponível na Comunidade e para outras missões, teve a oportunidade de
participar de uma semana de peregrinação com a Imagem de Nossa Senhora da
Piedade (padroeira diocesana), que percorre todas as paróquias neste ano de
Centenário Diocesano.
Sua
participação se deu na Paróquia de São José na Cidade de Curral Velho-PB
durante a última semana de fevereiro e início de março deste ano.
“Fazer missão em diferentes lugares é
sempre uma experiência nova, é encontrar realidades diferentes, é encontrar
obstáculos e conseguir superá-los com fé em Deus e saber que há pessoas à sua
espera”.
Para
ele, a missão foi de grande significado, experiência nunca antes vivida: “... foi sair da minha zona de conforto e
partir como peregrino, como Maria, quando saiu de sua casa ao encontro de sua
prima Izabel”.
O
sentimento foi de imitar Maria quando percorreu as montanhas, “... era como se eu estivesse fazendo o
mesmo caminho feito por Maria, pelas montanhas, por estradas tortuosas, de
difícil acesso, o calor, o sol quente do nosso sertão paraibano”.
A
missão tem sua alegria, mas tem os seus espinhos e assim vão se encontrando
forças para a perseverança, entre esperanças e sombras. O Irmão Marcolino assim
vivenciou: “Era Maria que nos encorajava,
que confortava as tantas mães sofredoras e tantos homens e crianças que se
emocionavam à chegada da Imagem em suas comunidades”, disse ele.
“Era emocionante contemplar nos rostos,
as lágrimas de sofrimento que se misturavam de alegria, também quando recebiam
os missionários e partilhavam aquilo que tinham de melhor”, completou.
O
Irmão Marcolino é grato a Deus pelo ano vivenciado como consagrado religioso e
diz que se sente a caminho como Maria fez ao partir em missão. Para ele foi
gratificante este período vivenciado com o povo de Deus e agradeceu ao Padre
Damião pela oportunidade, aos missionários que atuaram juntos, a Irmã Elieuda,
o seminarista Rodolfo e missionário local, Sebastião.
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