domingo, 27 de abril de 2014

A Festa da Misericórdia é também da Santa Face


Hoje celebramos a “Festa da Misericórdia”, festa instituída pelo próprio Jesus quando, na clausura de um Convento, o Senhor se digna aparecer a uma religiosa simples de nome Faustina Kowalska revelando-lhe a sua vontade: Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 49; cf. 88; 280; 299b; 458; 742; 1048; 1517).
Jesus quis precisar desta pequena serva para expressar a toda humanidade o seu amor misericordioso, assim também Ele o faz conosco. É seu desejo que sejamos apóstolos da Misericórdia: Na Minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (D. 206).
A palavra MISERICÓRDIA (no grego: éleos; no hebraico: Hesed) tem origem latina e é formada pela junção de duas palavras: miserere (ter compaixão) e cordis (coração), em outras palavras podemos dizer que MISERICÓRDIA é uma “Ação do Coração”. Na Festa de hoje recordamos e celebramos justamente isso: a ação misericordiosa do Coração de Jesus por toda humanidade. Ele mesmo afirmou isso quando em uma das aparições a Santa Faustina, revelou-se, como vemos na Imagem, com o coração aberto: Essa Festa saiu do mais íntimo da Minha misericórdia e está aprovada nas profundezas da Minha compaixão. Toda alma que crê e confia na Minha misericórdia irá alcançá-la (D. 420; cf. 1042; 1073).
Imagem pintada segundo
descrições de S. Faustina





Nós, Família Religiosa da Sagrada Face, somos convidados a sermos Apóstolos da Divina Misericórdia. A bem-aventurada Maria Pia Mastena entendeu isso. Ela sabia que não se podia separar a devoção à Sagrada Face da devoção ao Sagrado Coração, por isso que inúmeras vezes ela, em seus escritos, dirige-se a este Coração. Mastena sabia que aquilo que expressamos no rosto é o que brota do mais profundo do nosso ser e com Jesus não podia ser diferente. A sua Santíssima Face era uma expressão viva dos sentimentos mais profundos do seu Santíssimo Coração. Essa certeza fazia com que Mastena desejasse ardentemente permanecer unida ao Coração de Jesus: “Unir-se coração a Coração com Jesus. Viver ao lado de Jesus... E Jesus viva em mim, sempre em mim... Sempre em meu coração!”. As chamas deste Coração eram para Mastena seguro refúgio, lugar de purificação, e altar onde ela mesma se oferecia inteiramente para a salvação da humanidade: “Permanecer fechada naquele amabilíssimo Coração, tenho intenção de oferecer a cada instante, tantas vezes quantos são os instantes que constituem a eternidade, o meu coração, o meu corpo, o meu espírito, a minha vontade, colocando tudo entre as ardentíssimas chamas daquele Divino Coração, para que tudo seja imolado para a sua glória e pela salvação do mundo...”.
O amor por Jesus era para Mastena combustível que a impulsionava para a humildade e não reconhecimento nas obras caridade, que a motivava nas dificuldades encorajando-a a não desistir nos pequenos fracassos cotidianos, mas antes de tudo oferecê-los a Jesus em reparação da tibieza de tantas almas: “Mortificar o desejo do reconhecimento nas obras de caridade é sofrer em união com o Sacratíssimo Coração de Jesus, tratado com tanta ingratidão, toda desatenção que, infelizmente, quase sempre aparecem depois de uma obra de bem”. O seu amor ao Coração de Jesus não era um amor egoísta. Não queria ela esse amor apenas para si mesma, era seu desejo que também outras almas fizessem a mesma experiência transformadora, por isso afirmava com tanto fervor: “Jesus meu, eu te amo... Amo-te! E, ao pronunciar estas palavras, queria que o meu coração ficasse inflamado, destruído pelo teu divino fogo. Queria que todos os corações ficassem envolvidos entre as chamas do teu Amor!”.
Sejamos Apóstolos desse Amor, façamos nossa a missão confiada por Jesus a Santa Faustina: A tua tarefa e obrigação é pedir aqui na Terra a misericórdia para o mundo inteiro. Nenhuma alma terá justificação, enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha misericórdia.” (D. 570); “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. [...] Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia.” (D. 699).
Olhemos para a Face de Jesus na cruz, cuja expressão é de profunda dor... desçamos o nosso olhar e contemplemos o lado aberto pela lança, o Coração transpassado do qual jorrou sangue e água. Face e Coração... Expressão externa e interna desse amor misericordioso! Corramos à fonte e saciemos a nossa sede de amor, e com Madre Mastena exclamemos: “Beber, beber continuamente lá, na fonte do divino amor. Inebriada pelo precioso vinho que germina as virgens, sacia na fonte da imaculada pureza, como não correr sobre as pegadas do Esposo Divino, seguindo-O... em tudo? Ó Jesus dá-me, dá-me do teu vinho; dá-me a água puríssima que jorra do Teu Coração transpassado!”

 “Ó sangue e água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em vós!”

Noviço Dannilo Luiz Rocha
Religiosos da S. Face

Dois novos santos são elevados à honra dos altares

      São João Paulo II e São João XXIII. Na manhã deste domingo, 27, festa da Divina Misericórdia, Papa Francisco canonizou os Papas beatos João Paulo II e João XXIII. A cerimônia acontece na Praça São Pedro e conta com a presença do Papa Emérito Bento XVI.
   A cerimônia teve início às 10h (em Roma, 5h no horário de Brasílial). O rito de canonização aconteceu logo no início da Missa. O Santo Padre fez as petições, seguido do Cardeal Angelo Amato, que é o presidente da Congregação para a Causa dos Santos.
   “Elevemos nossa oração a Deus Pai, por meio de Jesus Cristo, para que por intercessão da Virgem Maria fortaleça com sua graça o que estamos para realizar”, disse Francisco.
   Após a leitura da fórmula de canonização, com a qual os dois beatos se tornaram santos, foi realizada a procissão das relíquias dos dois santos. O momento foi sucedido pelo agradecimento dirigido ao Santo Padre pelo Cardeal Amato, que pediu a redação da carta apostólica referente à canonização, pedido ao qual Francisco já respondeu: “Ordenamos”. Após a canonização, Francisco dá sequência à cerimônia com a Celebração da Santa Missa.
   Na homilia, o Santo Padre lembrou que, neste dia em que se encerra a Oitava de Páscoa, encontram-se as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado, chagas que, segundo o Papa, constituem também a verificação da fé, o sinal do amor de Deus. Ele destacou que João Paulo II e João XXIII tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus e tocar as suas mãos chagadas: “Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo”.
   Francisco recordou que esses dois santos foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Embora tenham conhecido tragédias, não foram vencidos por elas, pois Deus era mais forte neles. Ele também destacou a esperança viva que revestia João Paulo II e João XXIII, uma esperança vinda da ressurreição de Cristo. (Fonte:  http://cancaonova.com/)
  Nós, Religiosos da Sagrada Face, acompanhamos a transmissão em espírito de comunhão e oração por ser este um momento especial para Igreja, onde dois Papas na terra (Francisco e Bento XVI) nos apontam o testemunho de dois Papas que agora contemplam a Face de Deus no Céu. (João XXIII e João Paulo II). Pedimos a intercessão destes santos para que também nós sejamos no mundo sinais do Ressuscitado e da Misericórdia de Deus.  

Acolhida do Irmão Marcolino à comunidade de Cajazeiras-PB

No dia 25 de abril, belo dia dedicado a Santíssima Face de Jesus, começamos o dia cedinho recebendo e acolhendo o novo morador de nossa comunidade. O primeiro Irmão da Sagrada Face a ser enviado em missão.

Cajazeiras, localizada no Alto Sertão da Paraíba, uma terra de chão árido, forte temperatura, sol causticante, de secas, de rostos sofridos, mas ao mesmo tempo, uma terra de proezas, de religiosidade, de fé, de esperança, uma terra onde emana a bondade de Deus na vida de cada povo.

Por aqui já viverão as primeiras irmãs da Sagrada Face vindas da Europa e também aqui jaz os resto mortais da nossa querida e tão inesquecível Irmã Fernanda. Porque não dizer que aqui está o rosto de Jesus presente em cada irmão carente, nos drogados, vítimas da violência, do desamparo familiar, da irregularidade social, da prostituição e desvalorização do corpo. Enfim, a canção mesmo já diz:

Na face do povo sofrido
do Nordeste do meu sertão,
revela-se a Face de Cristo
lutando por ressurreição.

São matérias primas para fazer valer o nosso Carisma de PROPAGAR, REPARAR e RESTABELECER o Rosto de Jesus nos irmãos.

  
  Depois de termos acolhido o nosso Irmão Marcolino por volta das 4h da manhã, voltemos a dormir e nos encontramos todos em festa no momento do almoço, onde estava conosco também as Irmãs da Sagrada Face e alguns amigos. Foi a oportunidade de unirmos ao Irmão que chegou para celebrarmos a nossa Páscoa e também o dia da Solenidade da Sagrada Face.




Solenidade da Sagrada Face:

À noitinha, já às 18h, reunidos todos do lado de fora de nossa casa, celebramos com alegria a Festa Solene dedicada à Sagrada Face de Jesus. Convidamos nossos vizinhos, Congregação e para a nossa surpresa, também o bispo de Cajazeiras, Dom José González  nos prestigiou com a sua presença na Concelebração Eucarística.







Vigília e Solenidade da Sagrada Face

Celebrar a Sagrada Face de Jesus é uma alegria para nossos corações, uma vez que herdamos tão bela espiritualidade da nossa Inspiradora a Bem-Aventurada Maria Pia Mastena, pois dela aprendemos a contemplar os irmãos de forma diferente vendo nestes o próprio Jesus, a sua Face Santíssima que se nos revela tão próxima e tão necessitada de amor e reparação. Com esta motivação, celebramos a Sagrada Face de Jesus nesta última quinta-feira (Vigília) e sexta-feira (santa Missa) do mês de abril. Na Celebração Eucarística, os Amigos da Sagrada Face e os Jovens Amigos da Sagrada Face renovaram as suas promessas de leigos e leigas.

Vigília:

 
 
 
 
 
 
 
 
  
Solenidade: